
A Charneira é o maior evento de Design do Sul do Brasil e a semana acadêmica de Design da PUCPR. São cinco dias intensos, repletos de palestras, workshops, mentorias e outras atividades acontecendo de manhã, tarde e noite.
Após a pandemia, o evento perdeu força e foi deixado de lado. Mas, aos poucos, conseguimos reconstruir sua organização e recuperar sua relevância. A Charneira Morfose foi, para mim, o fim de uma jornada, mas também a transição para algo maior—um momento de passar o bastão e ver o evento seguir em frente.
A Charneira Morfose foi concebida como um ponto de virada. Após a pandemia, o evento vinha perdendo força: os veteranos haviam desistido da organização, a edição anterior teve cerca de 200 participantes e não havia motivação entre os alunos para dar continuidade ao projeto. Com todos os organizadores principais da Morfose no último período da faculdade,
O objetivo era claro: resgatar a relevância da Charneira e garantir sua continuidade, engajando novos alunos, elevando a participação e entregando uma edição marcante o suficiente para reacender o entusiasmo pela tradição.
Minha pesquisa foi extensa e abrangeu desde a percepção dos calouros sobre a Charneira e sua organização até o histórico do evento e sua estruturação ao longo dos anos. Para isso, entrei em contato com antigos organizadores, professores que iniciaram o evento, além de manter diálogos constantes com a coordenação do curso de Design, a equipe de marketing da PUC e diversos patrocinadores.
A pesquisa no design não é estática, e com a Charneira não foi diferente. A cada dia surgiam novas dúvidas, levando a novas rodadas de investigação em busca das melhores soluções.


Para envolver o máximo de pessoas na organização, procurei dialogar com todas as turmas de Design, reforçando que a Charneira é um evento aberto a todos os alunos que desejassem participar.
Depois de agrupar os interessados por área de atuação, definimos responsáveis para cada setor e passamos um ano inteiro planejando um evento que engajasse os alunos. Focamos em uma organização eficiente, ingressos acessíveis, convidados de grande relevância, um espaço amplo e confortável, brindes, kits especiais para os primeiros lotes, concursos exclusivos, interações dinâmicas com os participantes e uma equipe de monitoria sempre pronta para auxiliar e estimular a participação.


A Criação foi constante, desde o começo da organização. As peças gráficas foram feitas por diversos alunos. Foram desde peças físicas para kits, comunicações internas, motions, postagens no Instagram e um site.




O objetivo foi plenamente alcançado. A Charneira Morfose mais que dobrou o público da edição anterior, saltando de aproximadamente 200 para 450 participantes, um crescimento de 125%. Houve também um aumento de 10% na base de seguidores do Instagram, e as novas postagens se tornaram as mais engajadas de todas as edições anteriores.
Como consequência direta, a próxima Charneira, prevista para 2025, está sendo organizada exclusivamente por alunos de períodos mais baixos, provando que conseguimos reativar o senso de pertencimento e continuidade. A Charneira não só foi resgatada, foi renovada e projetada para durar.
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